Depender afetivamente de alguém faz parte de nosso desenvolvimento, basta lembrarmos de um bebê, uma criança. Mas com o crescimento e amadurecimento nossa porção criança passa a depender afetivamente de nossa porção adulta, numa relação integrada e equilibrada.

Quando isso não se dá desta forma, nossa criança interior torna-se aparte de nosso adulto interior e, nossa parte criança busca apoio e conforto em alguém fora, tornando-se dependente deste numa relação desequilibrada de afeto, onde a necessidade de amor confunde-se com o não existir sem esse amor, ou seja é estar fixado numa primeira etapa do desenvolvimento emocional, onde de verdade era bem improvável a sobrevivência, sem esse elemento, até porque não tínhamos recursos psíquicos para atuar no mundo de outra forma, então precisávamos do self de outro para a constituição do nosso, então nessa fase a dependência era saudável. 

Porém na fase adulta não conseguir desvencilhar-se da dependência é transferir seu poder, dando ao outro as rédeas de sua vida. Então antes de tudo não basta simplesmente afastar- se desse outro, até porque encontraremos um outro como esse em nosso caminho, e ninguém saberá como fazer a nossa parte, a responsabilidade, ela é somente nossa.